Brasil: o depósito de lixo da Renault

A Renault está preparando o lançamento de dois novos modelos no Brasil. Um deles já está quase chegando ao mercado: é a picape Oroch, nada mais que o Dacia Duster com caçamba. O outro é o compacto Kwid, que aqui deve ter outro nome. O projeto é indiano.

Enquanto isso, na Europa, a verdadeira Renault tem a quarta geração do Clio (o nosso parou na segunda), o hatch Mégane (equivalente ao nosso sedã Fluence), o crossover compacto Captur (que ora dizem que vem, ora que não), o crossover médio Kadjar e o novo sedã luxuoso Talisman, a próxima pauta do Guscar.

Aqui no Brasil atualmente temos o Logan, Sandero e Duster, que são projetos da Dacia, marca romena de baixo custo. O Clio e o Kangoo velhos são os únicos Renault autênticos, ao lado da van Master, o único francês legítimo em sintonia com o mercado europeu. O melhor Renault vendido aqui, o Fluence, é um projeto da sul-coreana Samsung.

Em resumo, o Brasil virou o depósito de lixo da Renault.

Renault

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Alegria de brasileiro dura pouco

O Polo BlueMotion, lançado pela Volkswagen no Brasil na semana passada, nem era tão inovador assim, pois tem o motor TotalFlex da linha comum enquanto o europeu é movido a diesel, mas tem a interessante proposta de ser um carro ecológico e usar uma marca internacional.

Para reduzir em 15% o consumo e a emissão de CO2, o motor 1.6 ganhou mudanças na injeção eletrônica, o câmbio ganhou novo escalonamento de marchas e foi adotada a direção eletro-hidráulica, cuja bomba é acionada por um motor elétrico e não diretamente pelo motor do carro, mas a mudança mais vistosa é a grade praticamente fechada e na cor do carro, que reduziu o coeficiente aerodinâmico de 0,35 para 0,31 Cx. Custa R$ 46.270.

Quando achávamos que teríamos um carro globalizado eis que a Volkswagen já divulgou as imagens da nova geração do Polo, já dentro da nova filosofia de design da marca alemã.

É, alegria de brasileiro dura pouco...

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Completando a linha

Depois do sedã, agora é a vez do hatch. O Astra, quer dizer, o Vectra GT também tem nova frente adaptada do Opel de 2003, mas com assinatura da Chevrolet.

Os faróis de máscara escura do "esportivo" GT-X ficaram mais parecidos com o Astra original da Opel, que eu mostrei no post abaixo para comparar com o Vectra brasileiro. Na traseira, as lanternas que antes eram brancas passaram a ser fumê. E o emblema sem o aro, claro.

Se o sedã foi chamado de Next Edition o hatch ganhou o sobrenome de Remix, por causa do público mais jovem.

De resto é tudo igual: motor 2.0 c0m 133 e 140 cavalos, novos painéis das portas, grafismos dos instrumentos, aparelho de som e bancos em couro.

No custo-benefício uma notícia boa e outra ruim. A boa é que o preço baixou de R$ 57 mil para 56.034 e o carro já traz ar, direção e trio elétrico. A ruim é que o navegador GPS passou a ser acessório para justificar a redução. Nada é de graça.

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Reestilização para trás

Fotos: Divulgação

A General Motors do Brasil lançou a linha 2010 com uma ousada reestlização para trás.

Explico: a frente dos nossos Vectra e Vectra GT, que na verdade são a terceira geração do Astra europeu, foi feita na teoria para agradar aos clientes brasileiros analisados em clínicas, mas na prática, o desenho é mais simples para economizar custos.

Lá na Europa, enquanto não chega a nova geração no final deste ano, o Astra tem o capô que termina antes da grade, um friso cromado com o emblema da Opel no meio e uma discreta moldura na base da entrada de ar, perto do parachoque. Já o nosso Astra, que se chama Vectra (o sedã) e Vectra GT (o hatch), tinha o capô visualmente integrado à grade. O friso cromado era menor e mais reto e o logo dourado da Chevrolet vinha dentro do círculo prateado que era usado desde 1991, quando a Chevrolet brasileira seguia oficialmente a filosofia da Opel.

Pois bem, o tempo passou e os Chevrolet brasileiros estão aos poucos seguindo o visual da atual linha da matriz americana: com o friso na cor do carro e a gravata dourada livre do circulo.

Então a GM do Brasil divulgou esta semana a primeira foto do Vectra 2010 (e ainda estamos em fevereiro de 2009). A frente ficou bonita, não se pode negar. Só que basicamente é a mesma frente do Astra europeu que existe desde 2003, com o parachoque modificado em 2006, e que foi descartada aqui nas clínicas que a montadora realizou antes de lançar o Vectra 2005.

Tirando a maquiagem feita na grade e nos faróis (lá têm máscaras escuras, mas o Vectra GT-X é assim também), repare na foto e compare com a de cima como o projeto é o mesmo.

A reestilização para trás do Vectra/Astra brasileiro é na verdade um reaproveitamento de ferramental, comum nos países mais pobres que o Brasil, mas que já foi feito na nossa Kombi, no Renault Kangoo e será feito no Fiat Doblò.

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Cara-de-pau tradicional

A moda de iniciar o ano com modelo para o ano seguinte infelizmente pegou mesmo no Brasil. A primeira semana de 2009 nem havia terminado e a Fiat lançou a linha 2010 do Palio, que ganha faróis e pára-choque do Siena, que foi lançado em 2007. O pior é que, depois de tantas especulações, lançou a linha Fire (mais simples) 2010 de Palio, Siena e Strada sem os antigos faróis do Palio. Ou seja, ainda com a dianteira de 2003. Será que vão lançar no meio do ano como linha 2011?

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Mudou o quê?

Honesta foi a Honda. Mas só na hora de não comemorar 2010 antes da hora. Pois agora que ela lançou a linha 2009 do Civic. Porém, o sedã médio mudou apenas o friso cromado, o para-choque, o revestimento interno e houve alguns acréscimos de equipamentos que antes eram exclusivos do esportivo Si no LXS e no EXS. Visualmente eu só consegui notar a nova posição dos faróis de neblina, que agora estão nas extremidades do para-choque. A cara-de-pau da Honda foi fazer um estardalhaço com a mudança invisível e aumentar o preço (para que o Fit não pague o mico de custar mais caro do que ele).

Voltamos aos anos 80 em que mudanças num friso ou no revestimento mereciam destaque?

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Eles testam e eu analiso

Foto: Pedro Bicudo (Revista Carro) / Texto: Gustavo do Carmo

Deixando de lado o conceito de textos curtos neste blog, estréio uma nova seção do Simplesmente Guscar. Aqui vou pegar um comparativo realizado por alguma revista ou site de internet e vou dar o meu veredicto em itens como preço, motor, desempenho, consumo, segurança, conforto, porta-malas, estilo, acabamento, espaço interno, posição de dirigir, equipamentos e assistência, dependendo das informações fornecidas, o que pode variar de publicação para publicação. Vou informar entre parênteses o dado que valeu para a avaliação. Nos comparativos com três ou mais carros ganha o comparativo quem ganhar mais itens, tendo como critério de desempate a vitória exclusiva (se o carro ganhou sozinho no item ou empatou com alguém) e as demais colocações (quem ficou com mais segundos lugares). Se todos empatarem num mesmo item, este será anulado.

Esta seção é mais o compartihamento de uma brincadeira que eu faço desde a minha adolescência do que uma avaliação. E a escolha do critério olímpico (em que o primeiro lugar vale mais) é mais prático na hora da escolha de um carro, pois o comprador quer saber qual o melhor em cada item. Claro que saber os pontos fracos ajuda.

A estréia é com o comparativo realizado pela revista Carro de dezembro, desafiando o novo Honda Fit contra seus rivais diretíssimos Chevrolet Meriva (recentemente renovado) e Fiat Idea. Todos com motor 1.4 Flex.

Chevrolet Meriva Joy 1.4 x Fiat Idea ELX 1.4 x Honda Fit 1.4 LXL

Preço - Meriva (R$ 46.111 contra R$ 48.845 do Idea e R$ 56.720 do Fit)*

Motor - Meriva (105 cavalos com álcool contra 101 do Fit e 81 do Idea)

Desempenho- Meriva (venceu na retomada (13,3 seg.) e na velocidade (173 km/h))

Consumo - Meriva e Idea (empate técnico - o Meriva fez uma soma de 19,1 km/litro (8,8 km na cidade e 10,3 na estrada) enquanto o Idea somou 18,9 km/l (9 e 9,9 km/l respectivamente).

Segurança - Idea (Frenagem 100-0 km/h em 42,7 metros contra 44,5 m do Fit e 47,7m do Meriva)

Conforto - Idea (Nível de ruído a 120 km/h de 64,1 decibéis contra 67,6 dB do Fit e 68,8 do Meriva)

Porta-malas - Meriva (420 litros contra 384 do Fit e 380 do Idea)

Estilo - Fit

Acabamento - Fit e Idea

Assistência - Meriva (559 revendas contra 519 da Fiat e 142 da Honda)

Espaço interno - Idea (foi o melhor na soma das medidas realizadas pela Carro. Fit e Meriva ficaram empatados em segundo)

Posição de Dirigir - Fit (melhor nota na avaliação da revista)

Equipamentos - Fit

* Preço de Fit e Meriva publicados na revista. Do Idea foi pesquisado na internet no dia 17/11/2008. O preço básico deve incluir ar condicionado, direção hidráulica e trio elétrico.

Classificação Final:

1o Chevrolet Meriva Joy 1.4 Econo.Flex - 6 vitórias

2o Fiat Idea ELX 1.4 Flex- 5

3o Honda Fit LXL 1.4 - 4

Comparativo

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